sábado, 31 de outubro de 2009

Debora Duarte no teatro

Débora Duarte estreia o monólogo "Adorável desgraçada", de Leilah Assumpção, no próximo dia 6, no Solar de Botafogo. É a primeira vez que a atriz estará sozinha em cena. Ela ainda vai conciliar a temporada teatral com as gravações da nova novela das 19h, "Tempos modernos", em que interpretará Tertuliana, mulher que ajudou a criar os filhos do personagem de Antonio Fagundes. Sobre o folhetim, ela diz:

- Amo de paixão o Zé Luiz (José Luiz Villamarim, diretor). O elenco é ótimo. Será incrível ficar oito meses ao lado daquelas pessoas

Fonte: patriciakogut.com

POR UMA NOITE

Já repararam que a capacidade de realização de um sonho, está sempre atrelada a arte? Seja um escultor que sonha em ter sua exposição realizada, um escritor que sonha em publicar seu livro, um cantor em gravar um disco... Deixar algo pronto, visto, lido, ouvido para que nunca se esqueçam 'da gente'. Talvez seja uma forma de nos mantermos imortais, inesqueciveis.

E assim é a ideia da peça "Por uma noite": realizar um espetáculo de teatro bastante representativo de um sonho. O sonho é da atriz protagonista em realizar um espetaculo que possa mostrar seu talento. E o sonho dos personagens em sairem do ostracismo de uma orquestra e virem a ser reconhecidos pelos seus talentos como artistas. Todos conseguem o sucesso. A peça é realizada (na realidade e na ficção) e o resultado é muito bom.

A Broadway é o sonho de consumo da maioria dos artistas de teatro do mundo. Todos que vivem de artes cenicas têm como referência as peças, musicais e encenações que por lá fazem sucesso. E, assim como no cinema, a música que atravessa as cortinas do teatro, ou as telas de projeção, se tornam eternas. Quem não conhece "you must remember this/a kiss is still a kiss...", quem nunca cantou algum trecho de um musical da Broadway que atire a primeira pedra! Eu ainda canto! Reunir as mais conhecidas músicas da Broadway, o mundo todo ja fez. E dai? Quem precisa de originalidade quando a qualidade vocal dos cantores-atores é grande? Fiquei muito feliz em ver o quarteto das cantoras Roberta Spindel (Ótima!!!), Rosana Chayin, Thati Lopes e Jéssica Dannemann cantando a plenos pulmões e intrepretando com graça e carisma seus personagens. Os meninos também não ficam atrás: Jules Vandystadt (nosso velho conhecido do Beatles Num Céu de Diamantes), Leandro Camacho e Rodrigo Cirne.

O corpo de baile dirigido por Ursula Mandina completa muito bem o espetáculo. Com coreografias que preenchem o palco, são engraçadas, criativas e de muito bom gosto, é um espetáculo à parte (mesmo muito bem integrado ao contexto). Os bailarinos, dançarinos, estão ótimos.

O cenário de José Dias (as projeções funcionam muito bem e poderiam ser mais aproveitadas), o figurino de Marcelo Marques (ótimo para os bailarinos!) e a luz de Rogério Wiltgen (8 mooving lights!!!) dão o suporte necessário para que a beleza do espetáculo seja completa. A direção musical de Renato Tribuzi traz bons arranjos bem 'de Broadway' (um cadinho altos e cheios de sons misturados, que em 2 músicas não favorece aos cantores) que insitam a platéia a entrar no clima e cantar com os artistas.

Mas a capacidade de realização do todo é um conjunto de pequenas realizações pessoais. Seja da adaptação do livro pro palco, seja da artista principal, seja da direção, seja do coreógrafo. E talentos isolados sem um comando pode resultar em desastre. Porém, graças a Ligia Ferreira, parceira de quem sou fã, de quem tive ótimas aulas de teatro, com quem aprendi, e ainda aprendo, a arte cênica, todos os talentos isolados desta peça estão realizando com sucesso seus papéis. Palmas para a direção. Um trabalho árduo cujo resultado é muito bom mesmo.

O tema batido ficaria muito triste no palco se sua realização não fosse bem feita. Mas "Por Uma Noite" é uma competente e muito bem feita realização de conjunto. Parabéns a todos.

E pra quem quer rir, se emocionar, cantar e, quem sabe, dançar com as mais belas canções da Broadway, não pode deixar de assistir a este espetáculo no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, terças e quartas às 21h, e se sentir um mega-star, um artista completo, mesmo que seja apenas "Por uma noite".

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

José Mauro Brant interpreta Charles Aznavour em "Dolores"

E quem disse que acabou?? Zé Mauro é também aniversariante do dia! Aplausos de pé para esse "garoto" que canta que é uma beleza, sem falar que atua tao bem quanto canta. E encanta por onde passa. Parabéns!!

Paulo Gustavo - Humor na Caneca

Adivinha quem faz aniversário hoje TAMBÉM??? É muita estrela pra um blog só... Isso aí, Paulo Gustavo! Genial comediante, um dos pouquissimos que me faz dar gargalhadas!! Paulo Gustavo, esse garoto, feliz aniversário!!!

Marya Bravo - Aniversariante de hoje

Esse video eu já postei no Blog, mas, para homenagear minha idala, Marya Bravo, aniversariante de hoje, vai novamente este vídeo. Marya, parabens!!

domingo, 18 de outubro de 2009

OUI, OUI... A FRANÇA É AQUI

Desde que o ano de 2009 começou, o titulo de "o Ano da França no Brasil" ganhou todas as manchetes dos jornais. E o ano ainda nem terminou assim como as homenages à França. Em março tive o prazer de acompanhar os agradecimentos da escola de samba Grande Rio aos patrocinadores franceses (e toma sotaque). Depois acompanhei meu amigo (aquele que eu troquei os móveis da casa ele de lugar lembram?) se mudar para a França, mais precisamente Rouen. E é pra ele, que faz ainversário esta semana, que escrevo sobre um espetáculo MARAVILHOSO, FORMIDABLE, chamado "Oui, Oui... a França é aqui". Sem duvida alguma, 'a revista do ano'.

De todas as homenagems que a França ganhou este ano, esta é a mais criativa, divertida e encantadora. Contar a história da "invasão" da França no Rio de Janeiro, ninguem tinha contado em teatro. E ainda mais misturando generos musicas muito cariocas, como samba de breque, marchinhas e até baião, passando por Gretchen (Je suis la femme!). E ainda por cima misturar uma historia de amor onde o Cristo Redentor, Sâo João Batista e a propria Torre Eiffel são os protagonistas. Surreal? Não, Teatro. E dos bons. O texto do Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche no quesito história, na pesquisa, brinda a platéia com pérolas de humor super atual, não faltando nem Twitter no meio das palavas. Adorei a pesquisa histórica e mais ainda o bom humor com que a dupla criou os personagens centrais da trama. Adorei 'dona Rouanet'. Adorei!

Dá vontade de escrever muito para comentar todos os detalhes da peça, mas aí seria um livro, e não um blog com uma opinião sobre uma peça de teatro. Pra começar esta linda história de amor entre o Rio e a França, vou falar rapidinho (uma pena, adoraria falar muito) sobra a parte de criação. O maravilhoso cenário do Nello Marrese é LINDO, criativo e moderno. Destaco a cortina de espelhos de "R$ 1,99" e a bandeira do Brasil nas cores francesas. O figurino do Marcelo Olinto opta por uma roupa cariocamente básica onde são acrescidos acessorios hilários, coloridos, passando por um genial desfile fake dos maiores estilistas da alta costura francesa. Todos voltados para o teatro de revista. Excelentes! A luz linda de Paulo Cesar Medeiros dá vida ao cenário e ao figurino e usa canhão-seguidor nos números musicais, (mais revista impossivel). Lindas as passagens de tempo e mudanças de cores da luz. Direção musical (João Callado e Nando Duarte) e execução das musicas perfeitamente integrados ao espetáculo. Não dá pra deixar de incluir no rol das delicias da peça as coreografias de Sueli Guerra. Enfim, tudo funciona como um balé, um Can Can bem ensaiado.

Claro que o grande mestre disto tudo é o diretor João Fonseca. A parceria com Garparani vem desde Opereta Carioca e agora eles se superaram. Vem trilogia por ai? João consegue fazer o espetáculo caminhar com paixao, com agilidade mas sem pressa, com garra, com prazer em todos os momentos; consegue costurar com pequenas cenas hilárias, criadas para dar tempo dos atores trocarem de figurino, uma história e a História; consegue tirar partido da cenografia, do figurino, da luz e, principalmente, do potencial de interpretação dos atores. Vem Shell por aí. Anote.

E os atores, hein? Todos os elogios feitos até aqui são para eles também. Marya Bravo (Marya!, Marya!, Que Fascinação), Gottsha (Non, Je Ne Regrette Rien...), Solange Badim (Que voz, Que "torre Eiffel"), Cristiano Gualda (é ele abrir a boca cantando a meus olhos ficam cheios de lágrimas), César Augusto (Que Zeus, Que pai inesquecivel!) e (não menos importante), Gustavo Gasparani (jogando nas 11 posições do futebol e fazendo vários gols) estão ótimos em suas intrepretações, vocais, gestuais e entonações.

Aplausos de pé para os músicos, que não só executam cançoes, mas dão vida a sonoplastia da peça.

Tem muita coisa boa pra ver neste espetáculo. É riquissimo em detalhes culturais, historicos, humoristicos e musical e interpretativo e... Rico como é a cultura carioca e a vida francesa. Ah, como seria bom se a colonização carioca tivesse sido francesa... será? Não, acho que não. É muito bom passear pelo Rio e "ver" Lisboa. Mas é muito bom também dar de cara com a Praça Paris, o Teatro Municipal, a balaustrada de ferro do Hotel Gloria e tantas outras referências francesas que por cá fomos brindados.

Amigo, feliz aniversário dia 21 de outubro. Esta peça nos fez ficar juntos em pensamento , pois me lembrou você o tempo todo. Rio e França unidos no teatro. Rio e Paris unidos por uma amizade dessa e de outras vidas. Quero muito que você assista esta peça quando vier ao Rio. É... acho q vou ter que passar meu carnaval debaixo da "neve francesa"!

Sim, sim. Oui, oui, a França, realmente, é aqui.

(Teatro Maison de France, de quinta a domingo).