domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Gaiola das Loucas


Confesso que já vi a peça... mas foi num ensaio aberto, onde todos os "erros de gravação" foram divertimento garantido para a platéia que lotava o teatro Oi Casa Grande. Vou novamente, logico, pois a peça tem enredo, tem figurnio de Claudio Tovar, tem Jorge Maya, Miguel Falabella e Diogo Vilela. Ah, e tem um somatório de belissimas canções, com arranjos incriveis, uma direção musical impecável! Isso eu já posso falar! Mas nao quero comentar muito sobre o que eu vi, pois era um ensaio aberto e a estréia é dia 03 de março. Depois, com "tudo pronto" eu vou lá ver de novo pra tirar a prova dos nove e confirmar o que eu achei da peça. Todo mundo, no seu proprio ramo, mesmo no ensaio, já saca o que é bom e o que vai melhorar. O resto já tá pronto. Não percam! Vale a pena pra caramba!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

HIPERATIVO

Atualmente no O Globo está um bate-papo (ou seria um debate?) sobre os "Stand Up Comedy" que vêm alegrando as platéias do Brasil. A discussão é sobre a dramaturgia X "histórias engraçadas do dia a dia". Até que ponto essas histórias, contadas para o público com bastante ironia, humor e agilidade têm posto de lado a dramaturgia brasileira, principalmente a carioca? Acho engraçado quando alguem me diz "Não tenho opinião formada sobre o assunto, mas..." pronto, já vai emitir a opinião. Pois eu tenho a minha. Acredito que o CQC tenha ajudado, e muito, a levantar esta bola para o debate. No Rio nós já somos brindados com o espetáculo "Comédia em pé" que vem trazendo o excelente humor do stand up para os palcos ja faz uns bons 5 anos. E desde então, era o único espetáculo do gênero. Depois veio a galera do CQC em cadeia nacional e tudo virou febre. Danilo Gentili, Rafinha Bastos e CIA vêm lotando palcos brasileiros com um stand up por mês em cada cidade do inteiror do Brasil.

Mas em "priscas eras" (adoro isso!) ja vi espetáculos de Jô Soares, Chico Anysio, Tom Cavalcate entre outros, que eram conhecidos por "Show de Humor". Ora, isso já era um stand up, mas como nome já abrasileirado! Então, por que a discussão agora sobre isso? Porque estamos infestados desses shows de humor, não pode ser resposta nem muito menos porque a dramaturgia brasileira não está boa, também não. Talvez seja o choro dos descontentes com o numero de pagantes em suas platéias. Defendo que é importantissimo para o humor a existência dos shows e dos stand up's, seja lá como vc queira chamar esses espetáculos. E isso é teatro. Falar por uma hora seguida, "metralhadoramente" fazendo o povo rir, interpretando "o papel do ator que está se expondo para o publico", é teatro. Pensa que tudo que é dito foi tirado da cartola naquele momento? Negativo, é 90% texto. Certamente esses shows são responsáveis pelo aumento do número de jovens e de jovens adultos nas platéias das peças ditas "convencionais". com dramaturgia, cenários, figurinos e iluminação caprichada, que estão recebendo uma parcela nova de pessoas descobrindo o teatro graças aos shows de humor. Sabe o que é, o povo que consome teatro é o mesmo há anos! Se existem 100mil espectadores de teatro no Rio, são esses os que circulam entra as platéias. Precisamos é dar novidades para que as pessoas conheçam os teatros, se interessem em ir às salas de espetáculo ver outras peças que não sejam os shows de humor e, podem crer, os 5 dramaturgos indicados ao Prêmio Shell são autores de comédias. O que nos falta é um incentivo a ida do publico ao teatro. Com isto, cetramente nosso publico vai aumentar e vamos precisar, cada vez menos, de renuncias fiscais para produzimos, trabalharmos. Lembro que quando estive em cartaz no Shopping da Gávea, e alguma peça na sala ao lado lotava, nós pegávamos a rebarba e nossa sala também lotava. É isso o que vem acontecendo. O stand up comedy ou show de humor, me trouxe a esperança de ver novas platéias no teatro brasileiro.

Assisti à peça Hiperativo, em cartaz no Teatro Leblon, de quinta a domingo, escrita por Paulo Gustavo, o grande ator de "Minha mãe é uma peça", e encenada por ele. Durante uma hora, ele nos metralha com hilariantes histórias sobe "a vida nossa de cada dia" vista pelos olhos dele. E o mais legal é que um tema se encaixa no outro sem ele precisar "mudar o assunto". Sabe quando vc está num bar com amigos e começa falando do chopp e termina, as gargalhadas, falando de pum e cocô? Pois é isso que acontece.

Destaco ainda a criativa paródia com o show da Madonna logo no inicio da peça! Paulo Gustavo entra em cena igualzinho a "ela" no show que vimos no Maracanã em 2008. E, assim com "ela", ele fica com a platéia nas mãos. Determinando a hora que temos que rir e, o melhor, parar de rir, para ele continuar a nos fazer rir. Desde "Minha mãe é uma peça" que eu não sinto dor na barriga de tanto rir. Quase pedi para ele "dar um tempo" pra gente se recompor e continuar a rir. Tem de tudo: avião, mãe, pum, falar inglês errado, todos os ingredientes que faz a platéia rir até não poder mais.

Compondo a ficha técnica, a direção do Fernando Caruso, expert em stand up, pois está há anos com a peça Z.É., o cenário (sim, amigos, cenário!) da mesma cenógrafa inteligente que fez o de "Minha mãe é uma peça" e o figurino do Nello Marrese, tudo deixando Paulo Gustavo seguro para se divertir no palco e deixar a sua platéia, sua claque (e eu me incluo nisso) à vontade para rir até o maxilar doer.

Como diria Moacyr Góes, em recente artigo ao O Globo, "Quem tem medo do Paulo Gustavo?" Eu tenho medo de um dia assistir a algum trabalho dele e morrer, literalmente, de rir, enfartado, com o coração explodido de felicidade e gargalhada. Me mata, me mata, mas não me deixa parar de rir!!!

Parabéns, amigo, vc está brilhante, como sempre. Vou de novo em breve com uma van!

IMPERDIVEL!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PRODUTO - Cena Táxi

Meu queridissimo Ary Coslov, em cartaz no Rio de Janeiro, Teatro Laura Alvim, sala Rogério Cardoso. Vou ver! E recomendo que vejam!