Recebi uma ligação no meio de uma tarde de 2004: "Pelo amor de Deus, vai no figurino do Casseta e arruma uma fantasia de freira pra mim?!". Lá fui eu. Claro que com a autorização dos devidos responsáveis, troxe pra casa, e para o amigo, a freira ensacolada. Era para uma perfórmance engraçada num curso de inglês. Ele, professor, vestiu-se dela e deu aula assim, para risada geral da turma, que nunca mais esqueceu a lição, e principalmente de todas as palavras em inglês, que o professor "proferiu" em sala de aula, vestido de freira. Esta história é real. Só não conto o santo, pra não perder o amigo.
Freiras me são (missão??) um mistério (mosteiro??). Talvez pelo segredo de suas orações, por serem "esposas de Cristo", por não terem orelhas (???), por cobrirem a cabeça tal qual a religião islãmica, por serem sempre alvo de piadas, por serem severas, por terem vontade de não serem freiras... sei lá. Woopy Goldberg fez a melhor freira-fake do cinema, em Mudança de Hábito. No teatro, Octavio Mendes criou para Terça Insana, a mal humorada e hilária Irmã Selma. Muito antes dele, versões de Noviças Rebeldes, todas dirigidas por Wolf Maya, tiveram mulheres e até a Cia Bahiana de Patifaria vestindo hábitos. Como de hábito, contribuiram para a comédia bem escrita.
E da Patifaria, que na Bahia significa "brincadeira exagerada", vem Wilson de Santos trazendo a freira mais abusada, e ousada, novamente para o palco. Com auxilio do proprio autor de Noviças Rebeldes, Dan Goggin, surgiu um "solo" desta noviça, a mais rebelde, para continuar a saga das freiras cômicas nos palcos brasileiros.
O texto é uma costura de histórias com piadas, músicas e jogos de diversão. É um standup-comedy misturado com show de humor, dirigido em formato de monólogo de esquetes. O "motivo" desta peça gira em torno de uma palestra que a Madre Superiora irá fazer para alguns fiéis (a platéia). Porém, ela se atrasa, em função da visita de Sarney ao convento. Ok, Sarney é sempre piada. Bigodes, Maranhão... mas na época em que a peça foi escrita (ficando 2 anos em cartaz em São Paulo), ele estava em alta, assim como sua neta e o namorado da mesma, mas hoje em dia, é piada passada. Tem que mudar o político! E isso é moleza para a direção! Os números musicais são simpáticos, com Wilson cantando bem, e se emocionando, com razao de ser. Mas as imitações de alguns cantores é um "já visto antes". Porém, como Wilson é brilhante no palco, têm um diferencial que é a ironia do ator sobre os imitados. A melhor parte da peça fica por conta dos jogos. Não vou falar mais que isso, pois "nós combinamos" que não revelaríamos nada sobre os jogos para aguçar a curiosidade da platéia. Bingo!
Wilson é mestre. Desde A Bofetada que sigo este ator pelos palcos. Até fui à Bahia ver, pela minha 6ª e última vez A Bofetada quando ainda estava em cartaz por lá, em 2005. Adoro Wilson. Me diverte, é engraçadissimo e faz de sua Irmã Maria José uma pândega, carinhosa, simpática, divertida, humana, engraçada e ingênua. Adoro. Eu ri muito quando ele chama a "irmã" que conduz o canhão de luz de "Irmã Miopia"... identificação imediata!
A direção do Marcelo Médici auxilia o espetáculo com seu talento mostrado em Cada um com seus pobrema, e abusa da interação com a platéia, da escolha de um espectador "pra cristo". O povo gosta, mas isso já é feito em comédia desde os tempos em que Costinha era bebê. Nada contra, mas gosto de ser surpreendido. A peça tem uma direção ágil e tudo está encaixando no momento certo. Os altos e baixos de humor são propositadamente estudados para dar uma folga nas bochechas da platéia!
O cenário é uma lona pintada para poder se encaixar no horário das 19h que o Teatro Leblon ofereceu; o figurino é uma freira, claro, com uma surpresa no final; a luz é de comédia, branca, clara e alguns focos; e a trilha sonora traduzida por Flavio Marinho e Wolf Maia completa o show de humor.
A peça diverte. E muito. Gargalhei diversas vezes, mas tudo graças a Wilson de Santos e muitas vezes por causa dos seus muxoxos do que pelo texto propriamente dito. Sou realmente fã do ator. Versátil, bem humorado, engraçado, rígido consigo mesmo, domina o palco como poucos, e agrega todos os olhares da platéia para sí, não deixando a peteca cair um só minuto.
Se você precisa rir "pelos motivos que a vida nos impõe", ou está tão feliz que ri até de fratura exposta, corra para o Teatro Leblon e comece sua noite gargalhando com esta Noviça Mais Rebelde. Depois me conta.
Freiras me são (missão??) um mistério (mosteiro??). Talvez pelo segredo de suas orações, por serem "esposas de Cristo", por não terem orelhas (???), por cobrirem a cabeça tal qual a religião islãmica, por serem sempre alvo de piadas, por serem severas, por terem vontade de não serem freiras... sei lá. Woopy Goldberg fez a melhor freira-fake do cinema, em Mudança de Hábito. No teatro, Octavio Mendes criou para Terça Insana, a mal humorada e hilária Irmã Selma. Muito antes dele, versões de Noviças Rebeldes, todas dirigidas por Wolf Maya, tiveram mulheres e até a Cia Bahiana de Patifaria vestindo hábitos. Como de hábito, contribuiram para a comédia bem escrita.
E da Patifaria, que na Bahia significa "brincadeira exagerada", vem Wilson de Santos trazendo a freira mais abusada, e ousada, novamente para o palco. Com auxilio do proprio autor de Noviças Rebeldes, Dan Goggin, surgiu um "solo" desta noviça, a mais rebelde, para continuar a saga das freiras cômicas nos palcos brasileiros.
O texto é uma costura de histórias com piadas, músicas e jogos de diversão. É um standup-comedy misturado com show de humor, dirigido em formato de monólogo de esquetes. O "motivo" desta peça gira em torno de uma palestra que a Madre Superiora irá fazer para alguns fiéis (a platéia). Porém, ela se atrasa, em função da visita de Sarney ao convento. Ok, Sarney é sempre piada. Bigodes, Maranhão... mas na época em que a peça foi escrita (ficando 2 anos em cartaz em São Paulo), ele estava em alta, assim como sua neta e o namorado da mesma, mas hoje em dia, é piada passada. Tem que mudar o político! E isso é moleza para a direção! Os números musicais são simpáticos, com Wilson cantando bem, e se emocionando, com razao de ser. Mas as imitações de alguns cantores é um "já visto antes". Porém, como Wilson é brilhante no palco, têm um diferencial que é a ironia do ator sobre os imitados. A melhor parte da peça fica por conta dos jogos. Não vou falar mais que isso, pois "nós combinamos" que não revelaríamos nada sobre os jogos para aguçar a curiosidade da platéia. Bingo!
Wilson é mestre. Desde A Bofetada que sigo este ator pelos palcos. Até fui à Bahia ver, pela minha 6ª e última vez A Bofetada quando ainda estava em cartaz por lá, em 2005. Adoro Wilson. Me diverte, é engraçadissimo e faz de sua Irmã Maria José uma pândega, carinhosa, simpática, divertida, humana, engraçada e ingênua. Adoro. Eu ri muito quando ele chama a "irmã" que conduz o canhão de luz de "Irmã Miopia"... identificação imediata!
A direção do Marcelo Médici auxilia o espetáculo com seu talento mostrado em Cada um com seus pobrema, e abusa da interação com a platéia, da escolha de um espectador "pra cristo". O povo gosta, mas isso já é feito em comédia desde os tempos em que Costinha era bebê. Nada contra, mas gosto de ser surpreendido. A peça tem uma direção ágil e tudo está encaixando no momento certo. Os altos e baixos de humor são propositadamente estudados para dar uma folga nas bochechas da platéia!
O cenário é uma lona pintada para poder se encaixar no horário das 19h que o Teatro Leblon ofereceu; o figurino é uma freira, claro, com uma surpresa no final; a luz é de comédia, branca, clara e alguns focos; e a trilha sonora traduzida por Flavio Marinho e Wolf Maia completa o show de humor.
A peça diverte. E muito. Gargalhei diversas vezes, mas tudo graças a Wilson de Santos e muitas vezes por causa dos seus muxoxos do que pelo texto propriamente dito. Sou realmente fã do ator. Versátil, bem humorado, engraçado, rígido consigo mesmo, domina o palco como poucos, e agrega todos os olhares da platéia para sí, não deixando a peteca cair um só minuto.
Se você precisa rir "pelos motivos que a vida nos impõe", ou está tão feliz que ri até de fratura exposta, corra para o Teatro Leblon e comece sua noite gargalhando com esta Noviça Mais Rebelde. Depois me conta.
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