terça-feira, 2 de março de 2010

Era no tempo do Rei


Em ERA NO TEMPO DO REI, Ruy Castro promove o encontro imaginário entre os jovens D. Pedro I e Leonardo, protagonista do clássico "MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS" de Manuel Antonio de Almeida. Três anos depois de sua publicação, Heloísa Seixas e Julia Romeu adaptaram o romance para o teatro e os personagens de Castro ganharam a companhia das canções inéditas de Aldir Blanc e Carlos Lyra. O espetaculo tem estreia nacional no dia 12 de março, no Teatro João Caetano, com direção de João Fonseca e produção da Tema Eventos.

O elenco é encabeçado pelos jovens Christian Coelho (Pedro) e Renan Ribeiro (Leonardo) e traz nomes como Léo Jaime( ROCKY HORROR SHOW, VICTOR VICTORIA), Soraya Ravenle e Izabella Bicalho (duas das mais consagradas atrizes do teatro musical brasileiro contemporâneo), André Dias (AVENUE Q), Tadeu Aguiar( THEY'RE PLAYING OUR SONG, MY FAIR LADY) e a personalíssima Alice Borges, entre muitos outros.

O musical mostra o momento em que o jovem príncipe Dom Pedro descobre as ruas do Rio de Janeiro e nelas vive inúmeras aventuras, com a ajuda de seu parceiro, Leonardo, menino pobre, porém livre. O que Pedro não sabe é que seus atos poderão acabar ajudando sua mãe, a princesa Dona Carlota Joaquina em seus planos para neutralizar Dom João e tomar o poder. O ardiloso inglês Jeremy Blood, amante de Carlota, o temido chefe de polícia do Rio, Major Vidigal, o malvado Calvoso e a aterrorizante Bárbara Onça são alguns dos personagens dessa trama ao mesmo tempo instigante e engraçada, em que as brincadeiras infantis se misturam às grandes conspirações internacionais.

A peça traz 19 canções inéditas de Carlos Lyra e Aldir Blanc, dois dos maiores patrimonios da Musica Popular Brasileira, compostas especialmente para o espetáculo. Na realidade, Lyra foi o autor da ideia de fazer a versão musical do romance. "Carlinhos leu ERA NO TEMPO DO REI e disse ao Ruy que o livro daria um grande musical", revela Heloisa Seixas. "Os dois pensaram imediatamente no Aldir Blanc para fazer as letras das músicas, já que ele, além de ser um cronista do Rio, é grande fã de MEMORIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, de onde Ruy 'pediu emprestado' o Leonardo, o Vidigal e a época. Depois nos chamaram para escrever o libreto".

João Fonseca (diretor de uma recente e inesquecível GOTA D'AGUA e atualmente em cartaz com OUI OUI, A FRANÇA É AQUI) teve dois meses para montar o musical. "É uma loucura levantar uma produção desse porte em tempo tão curto", diz João Fonseca. "Mas não me faltaram estímulos: a riqueza do texto, as lindas e complexas criações de Carlos Lyra e Aldir Blanc, a possibilidade de trabalhar com alguns dos maiores atores de musicais do país, além de conhecer esses dois jovens talentos, o Renan e o Christian".

Responsável pela direção musical, Délia Fischer (BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES) optou por uma formação com grande diversidade de instrumentos para a execução da música ao vivo: bateria, percussão, baixo acústico, violoncelo, violino, flauta, clarinete, clarone, saxofone, piano, teclado, violão, guitarra, bandolim e cavaquinho. "É uma reunião de vários ritmos brasileiros. Respeitei as indicações do Carlos Lyra mas o musical é um processo vivo e algumas cenas têm vida própria e ganham sentido diferente do que a canção inicialmente propunha", explica Délia. "Estou lidando com o que há de melhor na música popular brasileira, as composições são coisas de gênio. O espetáculo é instigante para o espectador, de extrema riqueza tanto nas letras quanto na parte melódica e harmônica", complementa.

Num musical histórico, a cenografia e o vestuário são de vital importancia. Ney Madeira concebeu 55 figurinos especialmente para a montagem. "Eles buscam o universo da fábula, uma vez que se trata da versão contada por D. Maria, cuja célebre loucura permite que carreguemos nas tintas da criação, subvertendo um pouco a estética vigente na época ou desfocando as personagens, que podem assumir, na aparência externa, as características enfatizadas no texto. A sensualidade tropical que permeia todo o texto é o viés que conduz a criação e está presente em todo otrabalho", define.

A ficha técnica se complementa com a excelente Sueli Guerra na coreografia e direção de movimento e com Nello Marrese, que assina a cenografia que é composta por nove painéis, além da reprodução dos Arcos da Lapa e do Arco do Telles. "Pensei em uma cidade construída através de pinturas e esboços dos grandes pintores da época, em especial Debret e Taunay, com a predominância do âmbar, castanho e dourado. E o piso do palco será todo de pé-de-moleque, esses grandes cascalhos que ainda podem ser vistos em algumas ruas do centro da cidade e no interior do Paço Imperial".

Em tempo: todo acontecimento artistico e literário que leve a assinatura de Ruy Castro, é garantia de qualidade.

O ELENCO E A EQUIPE

Bárbara - Soraya Ravenle
Dom João - Leo Jaime
Dona Carlota - Izabella Bicalho
Jeremy Blood - Tadeu Aguiar
João Calvoso - André Dias
Dona Maria - Alice Borges
Major Vidigal - Luiz Nicolau
Leopoldo Espanca - Rogério Freitas

Apresentando:
Pedro - Christian Coelho
Leonardo - Renan Ribeiro

Coro: Ana Terra Blanco, Bruno Camurati, Darwin Del Fabro, Evelyn Castro, Flavia Santana, Jefferson Almeida e Raí Valadão

Direção Musical: Delia Fischer
Figurinos: Ney Madeira
Cenários: Nello Marrese

Coreografia e Direção de Movimento: Sueli Guerra

Direção de João Fonseca

ERA NO TEMPO DO REI é uma realização da TEMA EVENTOS CULTURAIS (que presenteou a memória brasileira com SASSARICANDO - E O RIO INVENTOU A MARCHINHA) , dirigida por Maria Angela Menezes, Amanda Menezes e Zezé Osório.

SERVIÇO:

ERA NO TEMPO DO REI de Heloisa Seixas e Julia Romeu, baseado no livro de Ruy Castro.
Local: Teatro João Caetano - Praça Tiradentes, s/nº
Telefone: 2332.9257
Estreia: 12 de março
Horários: Quintas, às 19h,
Sextas e sábados, às 20h
Domingos, às 18h

Preços:
R$ 40,00 (plateia)
R$ 30,00 (balcão nobre e galeria)

FONTE: http://brazil.broadwayworld.com/article/Rui_Castros_ERA_NO_TEMPO_DO_REI_is_now_a_Brazilian_musical_20010101

Nenhum comentário: