quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

2 P/ VIAGEM

Está em cartaz no Teatro Candido Mendes a comédia de Jô Bilac, 2 p/ Viagem. A comédia, segundo um grande amigo sentado ao meu lado, tem tudo a ver com o filme "Efeito Borboleta", onde a mesma história é recontada, diversas vezes, apenas mudando um pequeno fato, a fim de se saber se o final dessa história seria o mesmo. Se a hipótese é ou não comprovada, nao importa. E também nao importa se o texto tem muito do filme, pois quais são as palavras que nunca são ditas? A história prende, diverte e, o melhor, dá oportunidade aos atores de mostrarem suas mais diversas facetas, que é o objetivo do projeto. Logo, o texto é engraçado, dinâmico, simplático e atualisssimo. Mais textos de Jô Bilac vc encontra em http://www.dramadiario.com/

A direção também é de Jô Bilac, o que falcilita e muito a compreensão do texto pelos atores e auxilia nas marcas e movimentações. Uma direção bastante agil e cansativa, quase uma gincana para os meninos, mas tenho certeza que era essa a intenção. So um porém. Acho mesmo que o avental que recebe o coco do passarinho poderia muito bem estar pregado em algum ponto do palco, e os atores nao precisariam sair de cena para buscar o dito-cujo. Bobagem minha. So sugestao. Acho otima a opção por não-cenário, não-trilha sonora, não-figurino... O que importa é o texto e os atores. Ah, e a luz, claro. Isso dá ao publico a correta idéia do que é o teatro. Teatro é isso. Atores, texto e luz. O resto é firula! E olha q sou cenografo e vou pagar o pato por esta minha frase acima, mas, as verdades têm que ser ditas, caixa preta também é cenário!! Muito boa essa nudez dos atores (desprovidos de apoios para as acaracterizações).

Claro que isso tudo só é possivel, graças ao talendo inesgotável do Miguel Thiré e do Mateus Solano para criar personagens e mudar radicalmente o rosto e o corpo em menos de 30 segundos.

O Miguel presta uma homenagem à velha surda da "Praça É Nossa" e nos relembra igualzinho aquela boa velhota, mas dos seus 7 personagems interpretados, sua atuação como o garoto é excelente!! Me acabei de rir. Porém... um ator muito forte fica limitado a papeis de gostosao... e Miguel tá bombadasso!!! Nada contra o fisico, cada um q faça o q achar q deva com o corpo, mas o ator tem q estar saudável, nao bombado, para "caber" em qualquer persoangem.

O Mateus eu conheço há 9 anos... ceus, o tempo passa, o tempo voa... Fiquei emocionado quando ele me chamou pelo nome, mesmo depois desse tempo todo longe. Trabalhamos juntos durante 6 meses e desde aquela época Mateus já era o talentoso ator que o Brasil só conhece agora. Talvez no momento certo. Talvez no momento em que ele esteja mais bem preparado. Mateus dá vida, em "2 p/ Viagem", a 7 personagens totalmente diferentes um do outro. Ele muda tudo. Rosto, olho, fala, corpo... nossa... haja saúde! Haja fôlego. Alias, os dois atores têm um fôlego de jogador de futebol com partida, prorrogação e pênaltis! Devem perder uns 2 kilos por apresentação!

O que mais falar sobre os dois atores? Que sao brilhantes. A idéia da peça é do Miguel que soube muito bem escolher o Mateus para dividir o palco. Dois atores dedicados, sem nenhum vicio televisivo, atores de teatro, como eu gosto de ver. Estao de parabens. A peça é deliciosa!

Nao percam "2 p/ Viagem". Certamente o riso é garantido e a atuação dos meninos é uma aula de intrepretação.

Té já!

AH! Olha a capa do programa ai embaixo!


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MEDIDA POR MEDIDA

Está em cartaz no CCBB a comédia de Shakespeare "Medida por medida", inédita até então nos palcos cariocas. A tradução de Barbara Heliodora é moderna e ágil, mas não poderia ser diferente, sendo ela uma estudiosa dos textos do grande mestre do teatro inglês. É bem verdade que a peça está com alguns cortes, o que pode resultar em uma dificuldade inicial da gente entrar na história, e entendê-la. Mas, sem sombra de duvidas, Shakespeare consegue pegar a atenção da platéia por sua ironia, seu sarcasmo, em um texto que até hoje é atual (como a maioria das suas peças), falando sobre corrupção, chantagem, mandos e desmandos de subalternos. Ou seja, discutindo a ética.

E posso me dar ao direito de dizer que a ética deve ser discutida em todas as instâncias da sociedade em que vivemos, ou em que se vive. Seja ela uma favela, um high-socite ou até mesmo nos clubes de "bass found" do mundico gay. E é aí que a direção pegou o fio da meada da historia. Fez de Shakespeare um "Priscila, a rainha do deserto". Colocou a ética numa ótica chocante para os amantes do bom e tradicional teatro. A essa direção, Gilberto Gawronsky conduziu muito bem. A gente nao se perde em nenhum momento na historia (depois q ela pega, claro). Cada parte do cenário, do figurino, e da luz, e por que nao dizer, da movimentação dos atores, está de tal forma enlaçada que fica fácil perceber onde o autor quer chegar com aquilo e como a direção conduziu a historia.

O figurino é a melhor coisa do espetáculo. É impressonante a capacidade da dupla Antônio Medeiros e Cao Aluquerque de transformar a roupa utilizada no sécio XVI (1564) , de desconstruir uma época ao mesmo tempo em que apresenta claras referências à época. Além de ser um figurino engraçadíssimo, porém sempre voltado para o mundo do sexo hardcore para os homens, com utilização de couro, plástico, fivelas, e tiras, muitas tiras de tecidos. Gosto também dos adereços de cabeça e da maquiagem, mas, reparem, tudo é muito drag queen pra o medieval.

O Cenário de Maria Sarmento e Beanka Mariz nao ambienta os lugares, mas consegue ser neutro o suficiente para que o diretor possa brincar com os espaços, e com a historia. A unica coisa desnecessária é a abertura da peça, com aquele pano branco escondendo o cenário e a projeção de uma suposição de Shakespeare escrevendo a peça que iríamos ver. Nao vejo necessidade dos numeros de tecido. So atrapalha os atores em cena.

A luz do Paulo Cesar Medeiros deixa as vezes os atores um pouco no escuro, principalmente nas cenas de proscênio, mas no todo, é bonita, porém sem criatividade. O laser nao tem nada a ver com a peça.

Aos atores, todos homens, os que representam as mulheres (Sergio Maciel e Rafael Leal, e participação de Rodolfo Botino) se saem bem melhor do que os que representam os homens. Embora todos se comportando como Drag Queens. De longe as interpretações de Nildo Parente, Ricardo Blat e Tatsu Carvalho sao as melhores. Luis Salém é Luis Salém, nem duque, nem frei. Já Alcemar Vieira se sai bastante convincente como Pompeu, mas Gustavo Wabner ainda precisa melhorar um pouco para crermos em sua interpretação. De todos, o que eu menos gosto, em cena, é Celso André, que exagera no homossexualismo do personagem, embora nem saiba eu ao certo se isto pede o texto ou se é invenção do diretor. Mas, abusa. Fica feio e caricato. Mas ele traz graça ao papel, e por fim, diverte.

A direção do Gilberto Gawronski é toda voltada para o lado Sado-masoquista do universo Priscila. Até os objetos solicitados pelo diretor lembram objetos de sexo hard-core. Nada contra. Cada um que conte sua história à sua maneira. Eu, porém, fiquei chocado! É um clássico ou é apenas mais uma história a ser contada? Ta bom, a direção, ao que se propõe, é boa.

Quando o publico ri de quedas do elenco no palco, ou do texto dito erradamente por um dos atores, é porque a coisa tá preta. Nao estao prestando atenção na historia ou estao doidos pra rir da primeira bobagem que alguem fale ao pé do ouvido. Parece que a peça assusta mais do que faz rir. Tudo bem. Pelo menos mexe com esse povo que so vai ao teatro pra ver comédias de facil entendimento, que ri quando fala-se "bunda" no palco! Viva o incômodo!!

Vá ver, e tire suas proprias conclusoes...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

TOM E VINÍCIUS

Sábado fui na estréia carioca do musical Tom e Vinícius, no Teatro João Caetano, praça Tiradentes, centro do Rio. Depois de um tempo fechado, o teatro voltou repaginado, a lá Dilma, aquela, com novos carpetes e novas forrações de poltronas. O ar condicionado no saguão tava à toda, mas na platéia não. Do balcão nobre, onde estava, o suor escorria. Mas, graças a Deus, o teatro está em muito boas mãos e a vontade de fazer aquele espaço ser melhor aproveitado está dando certo. Pontos para o novo diretor, o Daniel Dias da Silva.

A peça reúne todos os trechos conhecidos, já explorados, e exaustivamente falados, da vida, e do encontro, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Pra que não tem acesso aos milhares de sites, entrevistas, matérias, enfim, ao material disponivel no mundo todo sobre esses dois ícones da música brasileira, vai achar o texto de Daniela Pereira de Carvalho, uma beleza. Eu achei pobre. Pobre de pesquisa, pois faz uso de piadas mais do que velhas, como a cena da comparação do whisky ao cachorro engarrafado, e da celebre frase "as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental" e aos poeminhas e sonetos mais que batidos, como o da Separação e da Fidelidade. Pra quem não conhece a vida dos músicos, tudo bem, vai gostar, mas pra quem conhece, esse texto não traz novidade alguma.

As músicas escolhidas estão muito bem executadas ao vivo pelos músicos, mas a direção musical do Josimar Carneiro está bastante baseada no disco que Tom homenageia Vinicius, gravado em Paris em 1994. Tudo bem que ninguém é obrigado a saber disso, mas eu sei. Conheço o disco e quase queimei a vitrola de tanto escutar, e, por isso, reconheci os arranjos. São lindos, claro, mas... pra peça ficou um ar de que os arranjos foram copiados.

Os protagonistas, Marcelo Serrado e Telmo Fernandes, estão à vontade em seus papéis. Porém, o Marcelo tenta imitar o Tom e fica caricato. Fica feio. Aquele não é Tom Jobim. Então, o que fazer? Reduzir a imitação e deixar a emoção fluir. Não precisa falar arrastado como o Tom fazia em seus shows. Seja natural... Já o Vinícius do Telmo é ótimo!! Um show de interpretação. É isso que quero diver, visse? Seja você mesmo em cena, mas empreste-se ao personagem, não queira ser o persongem. Telmo arrebenta! Excelente. A Guilhermina Guinle, muito criticada na temporada de São Paulo da peça, merece todos os créditos. Está bem em todos os papéis que interpreta, e canta bem quando exigida. Só precisa tomar cuidado no Soneto de Separação com o fim das frases, pois está falando muito baixo e a gente perde as últimas sílabas das palavras.

No grande elenco de cantores, Lilian Waleska se destaca anos luz na frente dos companheiros e companheiras de voz. Cada vez que a "cobra fuma" no palco, a direção bota Lilia pra levantar a peça e ela consegue. É a única ovacionada pelo público ao fim de suas interpretações.

O cenário é do Ronald Teixeira. Eu particularmente acho pobre, rápido de ser construido e embalado para viagem. Não soma ao espetáculo. Porém justiça seja feita: uma projeção do morro Dois Imrãos, visto da praia de Ipanema com as nuvens passando fica lindo no painél do fundo. O figurino está correto. Como não recebemos programa, não sei quem assina. Assim como a luz, que também está correta, mas não está bela.

E por fim a direção do Daniel Herz, que brilhantemente dirige a Compania de Teatro dos Atores de Laura, dessa vez tem em mãos um espetáculo arrastado, cansativo, chato e sonolento. Sem ter muito pra onde correr, Daniel dá ênfase aos números musicais e deixa de lado as emoções tanto de Tom, quanto de Vinícius. Mas nas únicas horas em que elas se fazem presentes no texto, como a cena de Tom relutando a ir para os EUA, e em Vinicius se separando da mulher em Paris, a direção está linda e funcionando prefeitamente.

Parece-me que o espetáculo fora concebido e montado à toque de caixa para ser logo apresentado ao público, tipo: "Ah, o título 'Tom e Vinícius' já diz tudo, o que a gente apresentar, o povo vai gostar". Claro que tem todo um belo trabalho de ensaios, de dedicação dos atores, direção, músicos, produção cantores, mas o resultado deixa muito a desejar. Tom e Vinícius mereciam, cada um, um musical às suaa alturaa, e não esta colcha de retalhos com tecidos mais do que batidos e músicas para turista ver...

Como sempre digo: vá ver e tire suas proprias conclusões.
Até breve!
Abraços.

sábado, 10 de janeiro de 2009

AS CENTENÁRIAS

Foi com muito prazer que assisti, ontem, a peça As Centenárias, em cartaz até fim de fevereiro, no Teatro Poeira, aqui no Rio de Janeiro. A peça conta a história de 2 carpideiras (aquelas que sao pagas para velar e chorar os defuntos em enterros). Nao vou contar mais para nao estragar surpresas do texto, mas as referencias nordestinas, os canticos (ou seriam cantigas?), e o linguajar da peça dá o tom do espetáculo. Sem falar que os diálogos sao bem engraçados e ágeis. Lindo texto. Uma linda historia de amizade entre as duas carpideiras. Assim como é na vida real a historia da amizade de Marieta e Andréa.

E por falar nas donas do teatro, sao as donas da peça. Estao brilhantes. Todas as duas. Ouso a dizer que Andréa, as vezes rouba a cena de Marieta, que, generosa, entrega de bandeja para que a amiga e comadre leve para si todos os olhos da platéia. Muita generosidade para uma atriz cujo talento é inegável. Ver a amiga, comadre, socia brilhar, é um prazer para Marieta. A gente vê isso. Tal qual as amigas carpideiras, a mais experiente passando o bastão e a função para a mais nova. Belissimo trabalho de corpo, gestual e voz das atrizes. Lindo mesmo. Ah, nao posso me esquecer da brilhante e marcante participação do Sávio Moll, um belissimo trabalho de corpo e atuação em todos os momentos que está no palco. Parabéns.

O cenário, de Fernando Melo da Cota e Rostand Albuquerque, que ganhou premios, retrata muito bem a paisagem nordestina, suas cores, seus personagens, suas vidas, tudo em formato de bonecos. Bonecos, de Miguel Vellinho, estes que fazem parte das cenas. Ah, mas nao é so isso nao!! Tudo é um grande picadeiro de circo! Até nós, platéia, somos a platéia do circo. Circo da vida, palhaçada da vida! As carpideiras sao palhaças! Sao?? Como diz o programa, "Alegria do circo é ver o palhaço pegar fogo"!! Claro q é ao contrário, mas... claro q é verdade! Tirando os bonecos do fundo, a arena é um circo disfarçado. Muito bonito. (Foto abaixo)

Gosto muito do figurino, de Samuel Abrantes, principalmente o das carpideiras. Bem feito, e, melhor, feito com carinho, onde estao os elementos necessários para acalentar e espantar a morte. As demais roupas da peça (e dos personagens) combinam com tudo, principalmente com o cenario.

A trilha sonora do Tato Taborda é uma constante nas peças do Aderbal. Eu gosto, tem barulho, tem instrumentos, tem vida! Nao sao apenas sons de computador! Gosto!! E gosto ainda mais de toda a iluminação do espetáculo, leia-se Maneco Quinderé, que nos limita a pensar cada cena como unica, e nos expande ao encarar as cores de cada cena como um todo. Muito bom, como sempre.

A costura geral do diretor Aderbal Freire-filho, como sempre, é muito boa. Tudo se justifica, tudo se aplica, se liga, se encontra, e nem precisamos ficar esperando respostas em palavras, elas estao "ditas"em atuações. Gosto do tempo de troca de cenários. Gosto das vozes e entonações das atrizes, suas posições e comportamentos no palco.

Mas, tem sempre um "mas", uma unica coisinha me tirou a alegria de 100% da peça. O final! Quando as carpideiras enganam a morte de uma maneira tão boba, mas tão boba, que me irritou pela falta de criatividade, que para uns, ou para os leitores, esta falta de criatividade pode ser toda a diferença da peça e eu, definitivamente, não entendi patavinas do espetáculo!!

Confesso que fiquei de boca aberta nas cenas da Andrea Beltrão. Mas, no todo, apesar da peça ser espetacular e imperdivel, eu ja vi esse filme antes e não me emocionei...

Vá ver e conclua você mesmo!
Até breve!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Foto do elenco ClanDestinos

CLANDESTINOS

Está em cartaz no teatro do Hotel Gloria, a peça ClanDestinos, de idealização e direção do João Falcão. A idéia é assim: colocou anuncio nos principais jornais brasileiros para que os atores e as atrizes enviassem material, a fim de serem aproveitados para uma nova trupe a se formar, sob a batuta do maestro João, o Falcão. Depois de trocentos milhões de curriculos enviados, João escolheu 14 para um ensaio, uma montagem e a produção de uma peça sobre... bem, não poderia ser diferente, sobre atores em busca do seu sonho. O Teatro! Perdoem-me quem pensa que ser ator é fazer novela. Pra mim não é. Ser Ator, ser Atriz, é representar um papel de qualidade em uma peça de teatro. Abro até uma janela para os atores de cinema, visto que o trabalho é mais elaborado, e abro também uma frestinha para alguns programas de televisão, como as minisséries e programas de humor. Fora isso... é no teatro que se formam os grandes atores.

Os 14 atores, que eu deveria citá-los nominalmente, mas por enquanto não o farei, estão excelentes! Todos. Muito bem escolhidos e muito bem adestrados para este espetáculo, cujos ensaios devem ter sido uma grande festa. Certamente a maestria do João Falcão fez com que o melhor de cada ator tenha sido explorado ao máximo. AH, os atores? Estão na foto ai em cima!!


O figurino é bastante apropriado, pois, como diz o programa, tem um acervo coletivo emprestando roupas e adereços, tudo orquestrado por Kika Lopes. O cenário de Sérgio Marimba, que já vem trabalhando com o João Falcão nas últimas peças que assiti (Ensina-me a viver), é muito legal. Utiliza-se de nenhum recurso cenico (bambolinas, pernas, coxias...) nada! Tudo aberto. Da platéia a gente vè o camarim! Ele só acrescentou duas passarelas laterais superiores ára extender o palco um pouco. Nem precisava, mas tá otimo. Os ferros, as roldanas, cordas, passarelas e varanda do teatro Gloria são lindamente explorados pelos atores. E a luz? Santa Clara, Clareai! Que beleza! A luz é do Paulo Denizot que aproveita muito bem cada momento da peça para dar vida com sua luz ao brilho dos atores. Linda a luz. Linda. Tenho q destacar também a direção de movimento da Duda Maia e do Felipe Koury que exploram os corpos dos atores e seus modos de se comportar, dentro da capacidade de cada um. A Trilha sonora e a direção musical também são um bom show à parte.


Falar e elogiar mais ainda o João Falcão? ok. É para elogiar mesmo! Esse é o cara do teatro de nossa geração. Ta bem, tem outros, como João Fonseca, André Paes Leme, Daniel Herz, Joana Lebreiro, Aderbal, Abujamra, e outros que não estão aqui na minha cabeça agora.


Os Clandestinos é um espetáculo q falou diretamente pra mim. Na musica final os atores se perguntam o motivo de gostaram tanto do som do bater das mãos, os aplausos. Eu sei o motivo. É o amor que nós temos pelo teatro. É quando abrem-se as cortinas que a magia começa, que meu coração bate acelerado e tenho a certeza de que nasci para isso. Eles também teem (olha aí a nova ortografia!) e eu os entendo perfeitamente!


Imperdível.
Te vejo de novo na platéia, pode ser?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

GLORIOSA

Tá lá no site do O Globo um trecho da peça "Gloriosa", com Marilia Pera encabeçando o elenco. Ve lá e depois corre pro teatro.

http://extra.globo.com/lazer/video/2009/9874/

Té já.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Exposição Cenografia - A arte de José Dias

A Caixa Cultural apresenta a exposição Cenografia A Arte de José Dias, uma revisitação da trajetória de um dos mais ilustres cenógrafos de TV e teatro do país. A curadoria é do próprio artista em parceria com a idealizadora do projeto, Anna Vacchiano, jornalista e diretora do programa Arte com Sérgio Britto.

A exposição abre suas portas para público dia 27 e é constituída por: 76 maquetes que reproduzem cenários criados pelo artista, 73 fotografias que documentam as maquetes, 40 imagens com cenários de espetáculos que não foram reproduzidos e 83 imagens com montagens de cartazes que marcaram a trajetória do cenógrafo; mais a exibição de um documentário com depoimentos de outros artistas e profissionais da área sobre seu trabalho. Durante a exposição serão realizadas duas palestras abertas ao público.

Estive lá ontem e gostei muito das maquetes. Fiquei com vontade de procurar o José Dias e ficar conversando muito tempo com ele. As maquetes estao super bem iluminadas, mas as fotos e as legendas estão escuras. Peguei meu celular e liguei a luzinha da câmera, e tudo bem! Vi tudo!

Não Perca!

CENOGRAFIA - A ARTE DE JOSÉ DIAS
Local: Caixa Cultural, Grande Galeria
Data: até 25/01/2009
Horário: 11h00 às 18h00
Endereço: Av Republica do Chile, 230 - Rio de Janeiro/
Inform.: 21 22625483 www.caixacultural.com.br